As mulheres e a síndrome do burnout


Foto: Martina Santini/Pixabay

Quando falamos na saúde da mulher, é essencial entender que o papel feminino na sociedade tem grande influência nesse cuidado. Com a independência para o mercado de trabalho, ocorrida junto à criação do anticoncepcional, as mulheres assumiram novas responsabilidades.

No entanto, ainda existe o que é chamado de jornada dupla. As mulheres trabalham 3 horas a mais que os homens, por dia, por causa desse cenário. Afinal, muitas assumem o papel de cuidar da casa e dos filhos, o que se soma às responsabilidades do trabalho. É por isso que a relação entre o público feminino e a Síndrome de Burnout merece atenção.

Esse quadro, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é mais comum nas mulheres pelo acúmulo de funções e pelo estresse associado ao cotidiano. O quadro é marcado por sintomas como:

  • Cansaço físico e emocional, em nível de esgotamento;
  • Dores de cabeça e enxaquecas;
  • Dificuldades de concentração;
  • Mudanças no apetite (que se torna intenso ou esparso);
  • Dores musculares;
  • Mudanças repentinas de humor;
  • Dificuldade de concentração;
  • Pensamentos negativos;
  • Competitividade elevada.

O tratamento pode envolver o uso de medicamentos para alguns sintomas, além de terapia e mudanças de hábitos no dia a dia. Sem a atenção adequada, é um quadro que afeta intensa e progressivamente a saúde da mulher.

Evitando o burnout

Já que prevenir é melhor que remediar, é indispensável saber o que fazer para fugir do burnout. A síndrome pode ser evitada quando você reconhece seus primeiros sinais e pisa no freio, em busca de mais qualidade de vida e bem-estar.

Que tal descobrir o que fazer para fugir desse quadro e manter seu corpo e sua mente sempre em dia? Veja dicas essenciais!

Comece a dividir responsabilidades - Mulheres que tentam fazer tudo ao mesmo tempo são as que mais sofrem com essa síndrome. Em nome da boa saúde, é importante dividir responsabilidades para aliviar a pressão do cotidiano. Divida as tarefas com todos em casa, por exemplo, de modo a tornar sua rotina leve.

Aprenda a priorizar e dizer “não” -  Dizer “sim” para tudo e se comprometer com mais do que você consegue fazer é um caminho perigoso, rumo ao burnout. Em vez disso, é melhor saber priorizar e aprender quando é necessário negar algo. Não assuma uma nova responsabilidade no trabalho ou em casa somente para agradar as pessoas, se isso for fazer mal à sua saúde de alguma forma.

Tire um tempo para você - Ainda que a rotina pareça extremamente corrida, é importante não se negligenciar no processo. Por isso, não abra mão de ter um tempo para dedicar, exclusivamente, a você e ao autocuidado. Se não for possível separar uma hora ou mais, reserve ao menos 15 minutos. Medite, ouça sua música favorita, tome um banho demorado ou realize qualquer outra atividade com foco apenas em você.

Diminua o nível de estresse - A carga emocional elevada é uma das vilãs em relação ao burnout. Por isso, precisa buscar mecanismos para aliviar o estresse — especialmente, se ele for crônico. Busque atividades relaxantes, desenvolva novos hobbies e mude sua percepção sobre as situações. Sem o acúmulo e o peso do estresse, é possível ter uma vida mais saudável e feliz.

Procure ajuda especializada - Se começar a notar os primeiros sintomas dessa síndrome, não deixe o quadro se agravar. Em vez disso, procure ajuda para evitar que o problema se desenvolva e para ter qualidade de vida. Busque um especialista em saúde da mulher e, se necessário, você receberá o encaminhamento adequado.

Fonte: Vida Saudável