Reflexão atemporal - Ser brasileiro é...

 Neste 7 de setembro, no qual comemoramos a Independência do Brasil, resgatamos um texto que jamais perderá sua pertinência

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Entra uma criança de 11 anos correndo em minha sala. “Tiaaaaaa, meu pai disse que cansou do Brasil e quer levar todo mundo para outro país. Eu não quero ir. Você pode me ajudar a convencer meus pais que o Brasil é bom?” Escutei, pensei e argumentei.

Ser brasileiro é compreender a nossa origem, uma origem cultural carregada de aspectos e costumes regionais, mas que nos une quando nos vestimos de verde e amarelo. Ser brasileiro é valorizar o que cada um tem a oferecer, com as suas histórias, danças, poesias, jeitos e trejeitos e se encantar. Ser brasileiro é aprender, desde pequeno, a identificar o outro pelo jeito de falar, pelo modo de agir e pelo que cada um sabe valorizar.

Ser brasileiro é se encantar com pratos típicos de cada lugar. É não ter medo de ousar no paladar. Ser brasileiro é ter coração generoso, é fazer do seu país um berço de ouro, é abrir os braços para o convidado se adaptar. Ser brasileiro é ser esperançoso, não cruzar o braço e só reclamar. Ser brasileiro é valorizar o outro, aprender, com a família, que amar significa respeitar.

Com tanta diversidade cultural em nosso país somos facilitadores e exemplo para “este mundão de meu Deus” no que se refere ao respeito às diferenças. Neste mundo do “diferente”, precisamos nos incluir e sermos inclusivos. Aprender que, quando acho que estou ensinando, verdadeiramente, sou eu que aprendo. Somos capazes de despertar no outro o desejo de acolher, no lugar de criticar; de se unir, no lugar de desagregar; de se encantar com o modo de falar, no lugar de imitar (desqualificar); que somos mais preparados para crescer juntos, no lugar de explorar; que estamos mais preparados para lutar do que para desistir ou desmotivar.

Enquanto muitos esperam que esmoreça diante do cenário atual, estamos aqui para valorizar o que temos em nosso país e despertar em nossos jovens a garra de lutar pelas belezas do nosso Brasil. Se tudo pode ser transformado em EDUCAÇÃO, vamos educar nossos filhos para lutar sempre pela nossa nação.

Por: Fabíola Sperandio Teixeira do Couto* | Fonte: O Popular
*Pedagoga - Psicopedagoga / Terapeuta de Família e Casais