Vivemos em uma época em que a obsessão com a aparência está se tornando cada vez maior. Histórias chocantes de pessoas que arriscam a própria vida por pura vaidade, como a do ‘Ken Humano‘ e também da Andressa Urach são cada vez mais comuns.
São pessoas que procuram melhorar a aparência custe o que custar, pela ilusão de que um rosto ou corpo mais bonito o fará mais feliz, mais realizado como pessoa e, consequentemente, mais ‘famoso’.
Não vou negar que sou vaidosa, que gosto me vestir com roupas bacanas, amo moda e uso meus cremes antirrugas, sim. Mas a diferença é que não vivo em função da beleza e tampouco minha felicidade se baseia nela.
A beleza é apenas um reflexo de como você verdadeiramente se sente. É importante se sentir bonita.
Sentir-se bela é estar bem com você mesma, em paz com as decisões que precisou tomar e determinada a obter as conquistas que planejou.
É sorrir para os problemas, mostrando assim um bom humor mesmo diante do stress.
É saber perdoar e estar disposta a recomeçar sempre.
Na verdade a beleza que você vê no espelho é apenas o reflexo da sua beleza interior. Quantas vezes você já foi abordada com frases do tipo: “nossa, como está diferente hoje” ou “como está mais bonita”, sendo que não nada de diferente?
Por isso antes de se preocupar com maquiagens, joias, roupas de marcas, lembre-se de cuidar do seu “eu”, de fazer uma faxina interna e jogar fora tudo aquilo que está fazendo mal, que está apenas ocupando o espaço de coisas novas.
Lembre-se de se livrar de tudo isso para abrir espaço para o novo entrar.
Mesmo no amor nós refletimos o nosso ‘eu’, como constata a escritora Lya Luft:
“Dentro e fora são reflexos mútuos, como dois espelhos em lados opostos. Vou procurar um amor bom para mim no qual me reconheço, me reencontro, mas, se minha imagem interior me levar a isso”.
Ou seja, até na escolha do parceiro nosso interior pode interferir. Sem perceber, podemos fazer escolhas baseadas na perspectiva interior e não na parte consciente. E isso às vezes é um problema, pois nós mesmos podemos trilhar um caminho de destruição (tristeza, ódio, rancor, brigas) se não estivermos bem internamente.
Por isso que, sabiamente, os terapeutas costumam alertar seus pacientes que enfrentam esses problemas para que não tomem nenhuma decisão séria durante esse período, pois podem atrair para si tudo aquilo que estão enfrentando internamente.
Não somos apenas resultado da genética física de nossos familiares, mas também o resultado de nossas frustrações, de nossas alegrias, tristezas, enfim, da dinâmica da vida.
E são estes fatores que determinam de verdade a beleza de cada um.
Pare de se preocupar com os estereótipos que a sociedade impõe, de “ter que ser malhada”, de “ter que ser cada vez mais magra”, de “ter que ser sempre jovem”, de correr para um cirurgião plástico assim que uma ruga surge, de “ter que estar sempre na moda”, de “ter que ter filho”, de “ter que ir sempre a festas”, de “ter que parecer sempre feliz para os outros”, de “ter que ser culta”, de “ter que ser forte”, de “ter que dar satisfação o tempo todo”.
São muitos “tem que” quando, na verdade, você tem apenas que pensar em você. Por isso livre-se de todos esses “tenho que” e, junto com eles, todas as pessoas que fazem você se sentir cobrada.
Reflita e veja o que realmente te faz feliz e o que é necessário para conseguir esta felicidade – e você verá que precisa de tão pouco…
Perguntas do tipo “quem sou eu?” e “quem desejo ser?” devem estar sempre na sua mente.
Você perceberá que passou uma boa parte da vida tentando ser quem não queria ser ou até mesmo quem não podia ser.
Mas calma, não precisa se desesperar, é possível mudar. Sempre podemos mudar e nos reinventar.
Para que essa mudança comece, é importante que você identifique onde está o problema e o que está errado em sua vida: casamento, trabalho, família, etc. E aí sim poderá iniciar o trabalho de mudança.
Veja o que pode fazer para começar a mudança e dê os passos necessários.
Lembre-se, você não encontrará a alegria verdadeira na academia, no shopping, em restaurantes ou no salão de cabeleireiro.
Vamos refletir sobre uma bela frase do filosofo Sêneca (04 a.C. – 65), que resume muito bem o que quero dizer:
“Feliz é o homem que, em quaisquer circunstâncias em que se encontre, sente-se contente.”
Esteja feliz consigo mesma, comece a se sentir bonita e você verá uma linda imagem no espelho.
Por: Aline Guedes | Fonte: A Vida com Tempero